Canindeenses saem em caminhada em luto pela romaria Codó do Maranhão

“Canindé está de luto e solidário aos romeiros do Codó”, foi está uma das expressões deixadas por canindeenses e a comunidade franciscana na manhã dessa quinta-feira, dia 16, no pátio da Basílica.

O Santuário através de uma comitiva iria realizar mais uma recepção aos romeiros codoenses no distrito de Caiçara, a 12 km da sede, quando ainda na noite do dia 15 começou a tomar conhecimento do impedimento dos romeiros a cumprirem sua viagem. Já pela manhã o fato teria se confirmado pelos meios de comunicação com a retenção dos veículos, onde muitos romeiros passaram mais de 8h no local sem as condições mínimas de um acolhimento adequado. O sofrimento foi maior quando souberam que não iriam cumprir suas promessas a São Francisco nem visitar a cidade que para muitos é um local sagrado.

A informação veiculada nos meios de comunicação sobre a não chegada dos romeiros, que inclusive são esperados todos os anos pelo povo canindeense gerou muita comoção o que motivou juntamente a paróquia a realizarem uma caminhada em luto pelos romeiros que tiveram suas viagens interrompidas.

Uma caminha de luto pelas romarias que não chegaram a Canindé

A caminha teve início próximo a praça do Convento, no prédio do Sistema de Comunicação, contando com a presença de jovens, movimento dos moto-taxistas, o Guardião do Convento Frei Jean, o Ministro Provincial Frei Marconi e outros frades, funcionários do Santuário, autoridades do município e muitos populares canindeenses. Um dos pontos de parada foi em frente a promotoria pública que desde o ano passado pressionou o enrijecimento a fiscalização aos transportes a Canindé, exclusivamente nos festejos do Santo. A caminhada que ainda passou pelos abrigos de hospedagem de romeiros foi concluída no pátio da Basílica.

De acordo com a equipe do Santuário e Paróquia mais de 200 veículos entre pau de arara e ônibus, cerca de dez mil romeiros apenas nesse dia 16 deixaram de entrar em Canindé, o que significa um grande prejuízo em todos nos aspectos do patrimônio religioso, social e  cultural, para os romeiros de São Francisco, o Santuário e a cidade que depende da romaria.

Para as romarias a Canindé, no Ceará, neste ano a tolerância foi zero, com uma fiscalização que vai além do normal, ganhando características de estranheza, já que nunca haviam se tomado medidas tão duras e tão constrangedoras aos devotos.

Acompanhe algumas fotos:

Manifesto popular

A cidade está em peso se organizando e participando da assinatura de um manifesto popular em defesa dos romeiros de São Francisco das Chagas, que teve início no meio dia de hoje, dia 16.

A Romaria do Codó

A romaria já tradicional e conhecida em todo o estado como “Romaria das Carretas do Codó”, do Maranhão, neste ano iria completar sua 31ª viagem a Canindé. São dezesseis veículos com quase mil e duzentos devotos. A romaria iniciou através de uma promessa do devoto Francisco Carlos Oliveira, também conhecido como Chiquinho do Codó, que depois deu continuidade pelo amor que sentia a romaria a São Francisco de Canindé e ao sentimento pelo povo devoto codoense.

Romaria com condições de tráfego

Apesar de ter realizado todas as exigências do órgão responsável DNIT, inclusive com as adaptações necessárias de conforto e segurança, e recebendo a autorização necessária AET (Autorização Especial de Trânsito), os veículos foram retidos no posto da Polícia Rodoviária Federal, ainda no estado do Maranhão, como informou a organização da romaria.

Várias reflexões podem ser levantadas em relação a lei vigente no país para esse tipo de transporte em observação a uma cultura antropológica que se caracteriza a realidade da população, especialmente no nordeste, por questões geográficas quanto ao tráfego, financeiras quanto ao direito de ir e vir, e de respeito a manifestação de fé.

O Santuário não é contra a fiscalização, muito menos a ilegalidade, mas sim pede o bom censo das autoridades diante a realidade sócio e cultural e estrutural que ainda temos em nosso país.

Romeiros do Codó não ficaram sem ver São Francisco

O Guardião do Convento e o  pároco e reitor do Santuário Frei João Amilton afirmaram que os romeiros da romaria do Codó não ficaram sem ver São Francisco, a comunidade franciscana de Canindé está organizando um gesto concreto com a visita da imagem de São Francisquinho ao Maranhão e espera reunir os romeiros para uma bonita missão, inclusive celebrando uma Santa Missa.

Homenagem aos Romeiros Codoenses

Relembre a acolhida a romaria realizada no ano 2013 no Santuário de São Francisco de Canindé: Romaria do Codó do Maranhão: “Bendita e louvada seja esta Santa Romaria

Fonte: Equipe de Comunicação do Site Santuário

2 respostas

  1. É revoltante demais essa situação como as dos demais romeiros que mantém a tradição dos Paus de Arara.
    Pra essas pessoas que passam o dia em suas salinhas confortantes no ar condicionado é muito fácil agir com vários outros na base da “canetada”.
    Há momentos em que há de se perder a razão contra essas criaturas que se dizem cristã, mas devemos ter a clara obediência ao nosso Seráfico Pai são Francisco e termos um temperamento descente que procure imitar a jesus Cristo.
    Paz e Bem a todos…

  2. estou muito triste pelos romeiros de são Francisco de Codó mais tenho fé em Deus e em são Francisco que essa situação será resolvida e eles não deixaram de ver são Francisco esse ano

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