Sexta noite da Novena nos convida a ouvir o Grito da Criação

A Festa de São Francisco das Chagas deste ano, tem sido um momento favorável para oração, encontros e reencontros, além de profundas meditações sobre os temas contemplados a cada noite. Nesta última terça feira (11), os devotos foram provocados a meditar sobre o ensinamento da sabedoria do Evangelho a partir do cuidado com a Casa Comum. Todo o roteiro celebrativo proporcionou uma reflexão a partir de textos que narram a criação do mundo e a relação de São Francisco com a mesma.

A responsabilidade da noite foi dos Movimentos Sociais (MST e Sindicato dos Trabalhadores Rurais) e a Pastoral Social que, através da condução da Palavra de Deus em procissão, trouxeram seus respectivos elementos e uma bandeira do Brasil com a provocação: “A ordem é ninguém passar fome”.

Dom José Luiz, bispo de Pesqueira-PB, conduziu a reflexão desta noite lembrando nossa responsabilidade de discípulos de Jesus com o cuidado da criação. Antes de sua fala, convidou a um instante de silêncio em memória do indigenista Bruno Araújo e Don Philips, assassinados na região da Amazonia. Recordou também a dimensão da Casa Comum em integralidade, estando tudo interligado na dinâmica da criação.

Dom José Luiz, bispo de Pesqueira-PB, pregou para nós nesta 5ª noite de novena

“Talvez se Francisco fosse hoje escrever o Cântico das Criaturas, ele escreveria o Grito das Criaturas”, exclamou o prelado ao denunciar as inúmeras violências que a criação sofre da ganância dos poderosos. Outro ponto forte da reflexão se deu no convite para que os fiéis lessem a encíclica do Papa Francisco, Laudato Si, e enumerou práticas cotidianas que fazem a diferença no cuidado com a ecologia. “Viver com simplicidade para que todos vivam”, encerrou o bispo.

As palavras de compromisso e cuidado presentes na reflexão do pregador continuaram presentes em todo o roteiro da novena que contou ainda com momento de partilha, oração e exposição e benção do Santíssimo. Ao término da novena, os fiéis seguiram o novo roteiro do Painel de São Francisco que seguiu pela Avenida Francisco Cordeiro Campos.

Colaboração de texto: Caio Renan e Roberto Alves
Fotos: Jander Silva

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