Chegada da Relíquia a Canindé
Aos pés da conhecida imagem de São Francisco, na Praça Dr. Aramis, os fiéis paroquianos e romeiros aguardaram ansiosamente a chegada da relíquia de São Francisco de Assis, vinda diretamente do Santuário de La Verna, localizado em Assis – Itália. Não demorou muito para avistarmos, pela Avenida São Francisco, o carro do corpo de bombeiros conduzindo os dois frades guardiães e o busto de São Francisco assinalado no peito com um pequeno trecho da relíquia peregrina.
A recepção e oração inicial foi realizada por Frei José Davi, pároco da Paróquia de São Francisco das Chagas, que exortou os presentes: Queremos a exemplo de Francisco, trazer em nosso coração, em nossa alma, as marcas do amor de Deus, amor que não se cansa de nos tocar, nos visitar e nos acolher. Em seguida, a procissão, animada por Frei Francisco, caminhou pela rua Joaquim Magalhães, onde nas casas, calçadas e lojas, o povo se aproximou para fazer suas orações e saudar o ícone sacro.
Na quadra da gruta, uma multidão de fiéis esperava ansiosa a chegada da Relíquia. Frei Gilmar Nascimento, reitor do Santuário, fez questão de que os missionários se apresentassem. A celebração das 9 horas da manhã de hoje se assemelhava em muito com a própria missa festiva de amanhã, dada à multidão que aglutinava ao redor do altar da celebração.
Registros da chegada da Relíquia a Canindé:
Passagem por outros espaços da cidade
É uma alegria receber as relíquias de São Francisco na nossa paróquia. Paróquia nascida na fé franciscana, do Santuário. Foi o que afirmou Cônego Padre Edson, pároco da Paróquia de São José, de Canindé, durante a Santa Missa realizada em ocasião da visita da relíquia. A passagem pela paróquia irmã marcou um giro de peregrinação da relíquia pelos demais espaços além do Santuário, dentre eles, o Mosteiro do Santíssimo Sacramento.
O trajeto da relíquia não podia deixar de fora a Casa das Damas Pobres de Santa Clara, haja vista o forte significado espiritual que as irmãs Clarissas têm para Canindé e para a Ordem Franciscana.
A chegada da relíquia de nosso Pai São Francisco em nosso mosteiro nos fez lembrar a passagem do Pai Francisco, do corpo do Pai Francisco lá no mosteiro de São Damião, uma breve passagem de despedida para a nossa mãe Clara e todas as irmãs do mosteiro de São Damião terem aquele momento de despedida junto ao corpo do nosso Pai Francisco. Então, ter aqui um pedacinho do hábito com o sangue do Pai Francisco nos faz lembrar essa comunhão e renovar essa comunhão em nossas vidas, então foi um momento único, assim a gente colocou até a relíquia da Mãe Santa Clara ali junto com a relíquia do Pai Francisco relembrando esse encontro de comunhão para nos lembrarmos que nós, enquanto filhas de Clara e filhas também do Pai Francisco, abraçamos. Um único e mesmo carisma, uma única e mesma missão de reconstruir a igreja, de sermos instrumentos de unidade e de paz em nossos tempos.
Ir. Maria Chiara, OSC
Passagem do Ministro-Geral Massimo Fussareli em Canindé
Na noite desta última quarta, o sucessor de São Francisco, como são conhecidos os ministros-gerais que assumem a condução da ordem, chegou a Canindé para uma agenda que envolve visitas à fraternidade franciscana local e a celebração do dia de São Francisco. Desde o ano passado, havia sinalizado seu desejo de estar na cidade durante os festejos.
Na manhã de hoje (03/10), logo cedo esteve com as Irmãs Clarissas presidindo a Eucaristia, seguido de um café fraterno e um longo diálogo com as religiosas, onde compartilharam os desafios e a esperança da vivência do carisma de Santa Clara nos dias atuais. O segundo encontro da manhã foi no Convento Santo Antônio, com os noviços que tem contribuído ativamente na Festa de São Francisco. Os mesmos partilharam sobre suas realidades vocacionais e puderam ouvir do ministro uma fala revigorante.
Registros da visita ao Mosteiro das Irmãs Clarissas:
Durante a tarde, Frei Massimo participou junto com Frei César Kulkamp e Frei Rogério Lopes, do Programa Papo Franciscano, da Web Rádio Santuário. Frei Roberto Alves, âncora do programa, conduziu um diálogo sucinto mas repleto de muita sabedoria entre os presentes. Alguns registros abaixo das falas do Ministro Geral e de Frei Rogério, Ministro Provincial.
São Francisco atrai muitas pessoas pela sua espiritualidade, seu pensamento, seu amor à criação, aqui vemos uma realidade muito popular. Algo muito característico da nossa espiritualidade, principalmente no contato com o povo de Deus mais simples.
Assim não podemos acabar com as feridas, mas podemos passar através delas. Uma ferida particular, aquela da falta do perdão, do ódio que machuca. Uma vida nova é sair de verdade, reconciliar-se de verdade. Permitir ao outro de ter uma vida nova. E assim podemos ver também em tantas outras feridas. Existem as feridas sociais e coletivas, injustiça e desigualdade, a pobreza que se torna miséria, a falta de segurança pela violência. Então não sou apenas eu a fazer um caminho, mas nós juntos pela experiência cristã.
Queremos ser uma igreja e comunidade franciscana que partilha com aqueles que mais sofrem com essas feridas. Por isso é preciso não ter uma visão intimista sobre as feridas, mas uma visão social.
São Francisco, quando tinha 20 anos, deu um passo concreto. Ele se aproximou das pessoas que a sociedade excluía, os leprosos. Não sabemos o que aconteceu no coração de Francisco, mas algo aconteceu. Ele deu esse passo, foi ao encontro dos leprosos. O primeiro passo, portanto, é ir ao encontro dessas pessoas. enquanto acolhemos o outro na pessoa do pobre, eles também nos acolhem. […] Em toda a sagrada Escritura, vemos que Deus tem uma inclinação pelos mais pobres. Isso nos impulsiona. Então cristãos que não se deixam ir ao encontro dos mais pobres, tem um forte problema com sua fé. Se franciscanos, pior ainda
Quando perguntado sobre as cenas características do período da Festa, como as redes estendidas na praça, entre outros.
Ver tudo isso me toca profundamente, eu vejo o sentido da fé do povo. Mesmo ver na basílica alguns deitados, não se vê na Europa. As pessoas que rezam alto, que discutem, que até confrontam o próprio Francisco. Acredito que São Francisco está muito contente.
Hoje uma grande ferida do mundo, é a falta de paz, a guerras. Meu coração aqui em canindé está oração pela Terra Santa. Esses dois lugares tão franciscanos estão unidos pela oração pela paz. Esta será minha forte oração durante os dias em Canindé. Pela Ucrânia, Caribe, África, todo o mundo.
Frei Massimo falou ao abordar sobre suas intenções de oração durante a romaria a Canindé.
Para nós esses dias têm sido dias de graças e benção e para coroar esse momento é importante a presença do nosso ministro geral na Província tem sentido de animação, de comunhão.
Encerrou Frei Rogério Lopes.
Registros da participação no Programa Papo Franciscano:
A presença da Relíquia e de Frei Massimo tem sido sinais de esperança e revigoramento da espiritualidade Franciscana em Canindé.
Texto e Fotos: PasCom – Pastoral da Comunicação da Paróquia de São Francisco das Chagas
Serviço: SerCom do Santuário
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