Francisco, os frades e as missões

A vocação de Francisco era a missão, a pregação. Esta foi também a vocação que Francisco colocou em cada um de seus discípulos. Lembramos seu anúncio de penitência pelos arredores de Assis, o envio dos frades,  dois a dois, pelas cidades vizinhas. Mas, era preciso pregar além da Itália.

Entre os anos de 1213/1215, Francisco quis anunciar o Evangelho aos mulçumanos no Marrocos, África. Conseguiu apenas chegar à Espanha, onde adoeceu gravemente, retornando logo à Itália.

A primeira missão além dos Alpes, e ultramarina, aconteceu em maio de 12117. Frei Egídio foi para Túnis, frei Elias para a Síria, mas o Cardeal Hugolino encontrou-o em Florença e o convenceu a permanecer na Itália.

Após o Capítulo geral de Pentecostes, maio de 1219, foram organizadas grandes missões no exterior: Alemanha, Hungria, Espanha, Marrocos, França. Em junho, a exemplo dos outros, Francisco embarcou para o Oriente.

Esta grande missão caracterizou-se por uma imensa improvisação. Os pobres frades não se preocuparam com as dificuldades e com a língua.

Os que foram à França foram interrogados se eram albigenses. Como não soubessem o que era isso, responderam que sim. Ora, alnigienses eram os temidos hereges cátaros do sul da França, grande ameaça a Igreja. E assim, com essa ingenuidade, levaram umas boas surras, até que o bispo de Paris e os professores da Universidade constataram que eles eram católicos.

Para a Alemanha, viajaram cerca de 60. Do alemão conheciam apenas a palavra (sim). A tudo respondiam . Perguntados se queriam comida ou hospedagem, respondiam Já. Ao serem interrogados se vieram à Alemanha espalhar a heresia, o erro, a mesma resposta. Com esse tipo de resposta, são presos, surrados, ridicularizados, sofrendo como cães. Vendo que não podiam produzir frutos na Alemanha tão cruel, que só voltariam lá pelo desejo do martírio. No Capítulo das Esteiras, em 1221, Francisco novamente lembrou a missão na Alemanha. Perguntou se havia voluntários pela fé. Esta missão, porém, mais bem preparada, foi dirigida, pelo alemão frei Cesáreo de Espira e teve sucesso.

Na Hungria, os missionários sofreram grandes vexames. Quando iam pelos campos, os pastores atiçavam os cães contra eles e davam-lhe cacetadas. Acabaram nus e voltaram para a Itália.

Os que foram para o Marrocos, em 1220, foram martirizados e depois canonizados como os primeiros mártires franciscanos (Beraldo, Pedro, Acúrcio, Adjunto, Otão). Sua morte causou muita alegria a todos os frades: tinham morrido por amor a Jesus. Falava-se tanto no assunto que Francisco proibiu tocar no mesmo, dizendo que, de tanto louvar o martírio dos outros, se esqueciam de pedi-lo para si próprios. Quando os corpos dos mártires chegaram a Coimbra, um padre chamado Fernando se emocionou e decidiu ser franciscano, tomando o nome de frei Antônio de Lisboa.

Em 1224, um grupo de frades seguiu à Inglaterra para uma missão. Foram muito bem sucedidos. Deste modo a Ordem de Francisco se alastrou por toda a Europa e, por toda a parte, plantava conventos que renovaram o Cristianismo e ofereceram ao povo sedento de Deus uma nova espiritualidade, não baseada em leis, cerimoniais, imponência, mas no puro Evangelho.

Fonte: São Francisco. O Poeta da criação. Autor:  Pe. José Artulino Besen. Editora: Mundo e Missão.

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