A imagem peregrina em tamanho real da Beata Irmã Dulce começou a percorrer as dioceses do País em 05 de dezembro de 2012
Com o intuito de proporcionar aos fiéis e admiradores a oportunidade de agradecerem e adorarem a vida e obra da freira baiana, um grupo de 21 pessoas do Grupo da Melhor Idade ‘’IRMÃ DULCE’’, de Juazeiro do Norte, está visitando os principais pontos turísticos do Ceará com a imagem peregrina da Bem-aventurada.
Ela chegou a Canindé às 17hs do dia 24 de novembro, participou da santa missa das 18hs celebrada pelo Bispo Dom Martinho Lammers. Na manhã desta sexta-feira, a celebração foi presidida pelo pároco e reitor do Santuário Frei Marconi Lins. As irmãs Missionárias da Imaculada Conceição em Canindé que faz parte da mesma ordem de Irmã Dulce participaram das homenagens na manhã de hoje, dia 25.
De acordo com Ronildo Oliveira, líder dos peregrinos, a visita ao Santuário de São Francisco das Chagas, dar-se por se tratar de um centro de romarias muito famoso no inteiro e porque a irmã Dulce era uma devota de São Francisco. De Canindé ela segue para Aracati e em seguida retorna para Juazeiro do Norte, onde visitará todas as paróquias do Cariri.
‘’Em fevereiro a imagem que mede 1 metro e 25 centímetros de tamanho, mais 25 centímetros de pedestal viaja para Salvador e fica no memorial Irmã Dulce e depois visita o Rio de Janeiro. Toda essa peregrinação é pela sua canonização. Chegou ao Ceará no dia 12 de setembro de 2016.
A imagem peregrina em tamanho real da Beata Irmã Dulce começou a percorrer as dioceses do País em 05 de dezembro de 2012.
Irmã Dulce é conhecida como Anjo Bom da Bahia, uma referência à sua vida devotada em favor dos pobres enfermos. Mesmo com a saúde debilidade, a mulher empreendeu uma obra de caridade sem precedentes no estado da Bahia. Hoje a beata é conhecida em todo Brasil e a Igreja dedicada em sua honra recebe peregrinos inclusive de outros países.
A primeira missão de Irmã Dulce como freira foi ensinar em um colégio mantido pela sua congregação no bairro da Massaranduba, na Cidade Baixa, em Salvador. Mas, o seu pensamento estava voltado para o trabalho com os pobres. Já em 1935, dava assistência à comunidade pobre de Alagados e de Itapagipe, também na Cidade Baixa, área aonde viria a se concentrar as principais atividades das Obras Sociais Irmã Dulce.
Irmã Dulce morreu em 1992, aos 77 anos e deixou um legado de bondade. A religiosa foi responsável pela fundação das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), organismo que presta assistência à população de baixa renda nas áreas de saúde, assistência social e educação.
Os restos mortais da beata estão depositados na Capela das Relíquias, na Igreja da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, o futuro Santuário de Irmã Dulce, no Largo de Roma. A visitação é diária, das 7h às 18h.
Movimento em franca expansão no País, a devoção à Irmã Dulce acaba de inaugurar mais um capítulo com o início das viagens da imagem peregrina da beata pelo território nacional.
Beatificada em 2011 e atualmente em processo de Canonização, a freira baiana vem conquistando, nas mais diferentes regiões do Brasil, cada vez mais fiéis e admiradores de sua vida e obra.
A peça continuará até o dia 6 de março em território cearense, percorrendo cidades do interior como Quixadá, Missão Velha, Brejo Santo, Porteiras e Juazeiro do Norte, partindo em seguida para Salvador.
“Logo após a beatificação, pensamos na possibilidade de termos uma imagem de Irmã Dulce que pudesse viajar pelo Brasil, devido à imensa devoção do povo brasileiro por ela. Com a ajuda de fiéis, que doaram o valor da confecção da escultura, pudemos concretizar esse sonho”, declara o assessor de Memória e Cultura das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), Osvaldo Gouveia.
Acompanhando a imagem de Irmã Dulce, também está sendo exibida aos brasileiros uma relíquia de primeiro grau (ex-ossibus) da beata, fragmento dos ossos da religiosa, acondicionada numa teca (pequeno recipiente de metal prateado), para a veneração dos fiéis.
A relíquia, do latim reliquiae, é um objeto preservado para efeitos de veneração no âmbito de uma religião. Pode ser de uso pessoal ou partes do corpo de um santo ou beato. As relíquias são usualmente guardadas em receptáculos próprios chamados relicários.
Segundo Osvaldo Gouveia, a imagem inicia sua peregrinação pelo Ceará em agradecimento à imensa devoção do povo do estado.
‘’Milhares de correspondências já chegaram à OSID vindas de terras cearenses ao longo desses anos. Também é enorme o número de peregrinos, devotos e turistas do Ceará que visitam a Capela das Relíquias, localizada no Complexo Roma, em Salvador, onde estão depositados os restos mortais da beata’’, diz.
Caso alguma cidade tenha interesse em receber a imagem peregrina da Bem-aventurada, deve entrar em contato com a Assessoria de Memória e Cultura.
Canonização
O processo de canonização de Irmã Dulce encontra-se na fase de recolhimento de relatos de graças. Desde a data de 10 de dezembro de 2010, quando o Papa Bento XVI assinou o decreto de beatificação, já foram enviados à causa de canonização da freira baiana mais de 1,5 mil relatos, das mais diversas procedências e motivações.
Dentre eles, os mais contundentes estão sendo analisados para, posteriormente, serem encaminhados aos peritos médicos, que dão a palavra inicial para que o processo seja iniciado.
Obras Sociais Irmã Dulce
A OSID é considerada hoje pelo Ministério da Saúde o maior complexo de atendimento 100% gratuito em saúde do Brasil e é responsável pelo maior volume de atendimentos em toda a estrutura do setor na Bahia. Entidade filantrópica de fins não econômicos foi fundada em 26 de maio de 1959, por Irmã Dulce.
Com perfil de serviços único no país, a instituição é uma espécie de “holding social” formada por 15 núcleos que prestam assistência à população de baixa renda nas áreas de Saúde, Assistência Social e Educação, dedicando-se ainda à Pesquisa Científica, Ensino Médico, preservação e difusão da história de Irmã Dulce e gestão de unidades de saúde públicas.
A instituição já ultrapassou a marca dos cinco milhões de atendimentos anuais a usuários do SUS, idosos, portadores de deficiências e de deformidades craniofaciais, pacientes sociais e crianças e adolescentes em situação de risco social. Nas Obras trabalham mais de 4.000 profissionais.
Com Informações do Santuário de São Francisco das Chagas
Fotos de Antônio Carlos Alves