Francisco de Assis há mais de oitocentos anos ainda inspira e deixa saudades. Sem dúvida, é grande o legado espiritual e fraterno do Santo patrono da Ecologia, o homem do milênio, da austera pobreza que contemplou a Encarnação de Deus e testemunhou pela vida o mistério da sua Paixão. Se pararmos para observar São João Paulo II teve razão ao afirmar que o mundo tem saudades de Francisco; ele após todos esses anos propagou ao mundo, desde aquela pequena comuna de Assis, tanta riqueza humana e divina que inspirou e inspira a tanta gente nas mais variadas instâncias sociais, culturais e eclesiais. Pela sua vida Francisco também nos ajuda a adentrar em espaços onde não são nossos valores cristãos que predominam e nesses lugares estabelecer diálogo de união, compreensão e fraternidade.
A herança do Franciscanismo primitivo ainda reluz sobre os nossos dias, testemunha disso é a missão de tantos religiosos e leigos franciscanos que dedicam suas vidas em busca da perfeição da caridade evangélica tão bem assimilada e vivida por Francisco. A esses não importa somente a lembrança que num período específico da história Francisco existiu, do contrário se encarregam de, no retorno às fontes do carisma, viver e testemunhar a exemplo do santo os valores colhidos na Palavra de Deus pela via do acolhimento aos irmãos, da alegria, da partilha, da caridade, da cortesia, da palavra de esperança e também pela luta e defesa da vida humana e da natureza que são criaturas de Deus.
Esses e tantos outros valores deixados por Francisco para o mundo e de modo especial àqueles que abraçaram seu testemunho como modelo de vida nos responsabiliza para cultivar a paz e o bem nos espaços que Deus nos favoreceu como terreno fértil para o cultivo das sementes do Seu Reino.
Que a exemplo de Francisco nossa vida seja sal e luz para o mundo e que do pouco que pudermos fazer façamos com amor, como pessoas responsáveis pelo Reino de Deus que é de Paz e Justiça no Seu Santo Espírito.
Paz e Bem.
Frei Faustino, OFM
Fonte: Jornal O Santuário, Edição Janeiro de 2015, Coluna Espiritualidade Franciscana.