Intitulada por “Canindé. L’anima francescana del Brasile” (Canindé. A alma franciscana do Brasil), a Exposição Fotográfica é um trabalho realizado por Giorgio Negro e Dario De Dominicis, fotógrafos italianos que há 4 anos acompanham a Festa de São Francisco das Chagas em Canindé, no Sertão Central do Ceará.
A mostra acontece na Officine Fotografiche, em Roma, Itália, e teve sua abertura no dia 26 de janeiro seguindo até o dia 16 de fevereiro, às 19h. O evento conta com a participação de vários fotógrafos e críticos italianos, além do convite que foi enviado ao Papa Francisco.
Giorgio e Dario, instigados pela força cultural e social da Festa, assim como o avanço da fotografia, convivem há 4 anos com a segunda maior peregrinação franciscana do mundo. Essa experiência também deu origem ao documentário “Um outro Francisco”, dirigido por Margarita Hernandez para a Globo News, que mostrará a religiosidade em solo cearense.
Margarita Hernandez, também curadora da Exposição, relata que: “é uma forma de mostrar a cultura do Ceará mundo afora através de uma lente estrangeira. Espero que contribua dando visibilidade à festas e tradições religiosas canindeenses. Terra pela que sinto grande carinho e admiração desde 1999 quando filmei meu documentário sobre vaqueiros ‘Uma nação de gente’ na fazenda São Pedro”.
Clique aqui para assistir uma breve apresentação sobre o documentário “Um outro Francisco”.
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Sinopse do documentário
Dois fotojornalistas italianos viajam à cidade de Canindé, no sertão cearense, com o objetivo de iniciar um ensaio fotográfico durante a romaria de São Francisco de Assis. A paisagem humana e a demonstração de fé do povo nordestino é uma boa matéria prima para o trabalho de qualquer fotógrafo. Mas logo na chegada eles se deparam com um fato que os surpreende: a presença da fotografia nesta pequena cidade sertaneja é muito forte. Nas ruas há dezenas de fotógrafos ambulantes e bancas improvisadas nas esquinas prestam serviços de impressão. As paredes dos santuários estão cobertas por milhares de ex-votos fotográficos e cada romeiro carrega um telefone celular para fazer selfies com o santo. Este encontro entre o olhar profissional e o popular põe em xeque a visão europeia, o conceito de ‘foto de arte’ e suscita também revelações entre os fotógrafos locais. Uns questionam o olhar dos outros e empurram as fronteiras de cada processo criativo. O documentário converte-se num ensaio sobre estes percurso fotográficos.
Reprodução: C4/Notícia (Texto Verlenia Lima), e Bucanero Filmes.