No coração do tempo do Natal, o presépio ocupa um lugar especial na vida da Igreja. Mais do que uma bela tradição, ele é uma verdadeira catequese visual que nos conduz ao mistério do Deus que se fez homem. Para o romeiro, que percorre longos caminhos movido pela fé, o presépio revela um significado ainda mais profundo: ele é o retrato do peregrino que caminha ao encontro de Cristo.
O presépio: uma história de peregrinação

Ao contemplarmos o presépio, percebemos que quase todos os seus personagens estão em movimento. Maria e José peregrinam até Belém, obedientes ao chamado e confiantes na providência divina. Os pastores deixam seus campos e seguem apressados para encontrar o Menino. Os Reis Magos atravessam longas distâncias, guiados por uma estrela, em busca daquele que é a verdadeira Luz do mundo.
Essa dinâmica do caminho aproxima o presépio da experiência do romeiro. Assim como os personagens do Natal, o romeiro deixa sua casa, enfrenta cansaço, limites e sacrifícios, sustentado pela fé e pela esperança de encontrar-se com Deus.
São Francisco e o presépio: uma catequese viva

Foi São Francisco de Assis quem, em 1223, criou o primeiro presépio, na pequena cidade de Greccio. Seu desejo era simples e profundo: ajudar o povo a compreender, com os olhos e com o coração, a humildade do nascimento de Jesus. Francisco queria que todos percebessem que Deus escolheu o caminho da simplicidade, da pobreza e da proximidade com os pequenos.
No Santuário de São Francisco das Chagas de Canindé, essa herança franciscana ganha vida na experiência do romeiro. Cada passo dado em romaria recorda que Deus se deixa encontrar não na ostentação, mas na humildade do caminho, no silêncio da oração e na confiança filial.

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A Romaria do Natal: caminhar juntos ao encontro do Menino Deus

É nesse espírito que o Santuário de Canindé vivencia, todos os anos, a Romaria do Natal, um tempo especial em que fiéis e romeiros são convidados a colocar-se a caminho, como Maria, José, os pastores e os Reis Magos, preparando o coração para o nascimento de Jesus.
A programação da Romaria do Natal, com o Tríduo de preparação, as celebrações litúrgicas, as apresentações culturais e as missas natalinas, ajuda os romeiros a viverem o Natal não apenas como uma data, mas como um verdadeiro itinerário de fé. Cada celebração, cada momento de oração e cada gesto comunitário tornam-se passos concretos dessa peregrinação espiritual rumo ao presépio.
Assim, o romeiro que participa da Romaria do Natal revive, no hoje da Igreja, a mesma experiência dos primeiros peregrinos do Natal: caminhar, esperar, celebrar e finalmente contemplar o Deus que se faz próximo e acessível.
Romaria: um caminho que leva ao presépio

A romaria é, por si só, um grande gesto de fé. Caminhar até o Santuário é assumir uma atitude interior semelhante à dos pastores e dos Reis Magos: deixar para trás as seguranças e colocar-se a caminho, guiado pela fé. O destino do romeiro não é apenas um lugar físico, mas um encontro espiritual com Jesus Cristo.
Ao chegar diante do presépio, o romeiro é convidado a reconhecer que Deus continua nascendo hoje, especialmente na vida dos pobres, dos sofredores, dos doentes e de todos aqueles que carregam cruzes no caminho. O presépio recorda que o Filho de Deus escolheu nascer em uma manjedoura, mostrando que nenhum sofrimento humano está distante do seu amor.
O Menino Deus acolhe o romeiro

No presépio, Jesus se apresenta pequeno, frágil e acessível. Ele não impõe medo, mas oferece acolhida. O romeiro, ao contemplar o Menino Deus, é convidado a colocar aos seus pés suas intenções, promessas, dores e agradecimentos, certo de que Deus conhece cada passo dado com sacrifício e fé.
Assim como os Reis Magos ofereceram seus dons, o romeiro também é chamado a oferecer o que traz no coração: sua vida, sua história, suas lutas e sua esperança. Esse gesto transforma a romaria em um verdadeiro ato de entrega e confiança.
Ser romeiro todos os dias

O presépio não encerra sua mensagem no tempo do Natal. Ele recorda que toda a vida cristã é uma peregrinação. Depois de chegar ao presépio, o romeiro é enviado de volta ao mundo, assim como os pastores retornaram anunciando o que tinham visto e ouvido.
Viver como romeiro todos os dias significa caminhar com fé, simplicidade e amor, levando a alegria do Natal para a família, o trabalho e a comunidade. Significa reconhecer que Deus continua se fazendo presente nos pequenos gestos, na solidariedade, no perdão e na partilha.
Que a Romaria do Natal no Santuário de Canindé fortaleça, neste tempo santo, a fé de todos os romeiros e peregrinos, conduzindo-os ao encontro com Jesus, o Emanuel, Deus conosco.
Texto e Fotos: SerCom – Serviço de Comunicação do Santuário.
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