
No dia 29 de maio, completam-se três anos da Páscoa do artesão Deoclécio Soares Diniz, carinhosamente conhecido como Mestre Bibi Diniz, um dos maiores nomes da cultura popular religiosa do Ceará e personalidade fundamental na história recente do Santuário de São Francisco das Chagas de Canindé.
Reconhecido oficialmente como Mestre da Cultura Tradicional Popular pelo Governo do Estado do Ceará em 2011, Bibi Diniz dedicou a vida à arte sacra, à fé e à devoção franciscana. Suas mãos deram forma ao invisível, esculpindo imagens que se tornaram símbolos vivos da religiosidade do povo nordestino.
Entre suas obras mais conhecidas está a imponente estátua de São Francisco no Alto do Moinho, um dos cartões-postais de Canindé, que acolhe milhares de peregrinos e romeiros todos os anos. A escultura, que se ergue sobre a cidade como sinal de paz e bênção, é expressão do seu talento singular e de sua profunda espiritualidade.

Mestre Bibi também contribuiu com a restauração e criação de diversas imagens sacras presentes nas capelas e espaços do Santuário.
Homem simples, de fé enraizada, Mestre Bibi Diniz era figura em Canindé. Sua vida foi marcada pelo compromisso em manter viva a tradição do artesanato religioso como instrumento de evangelização.
Um legado que permanece

A memória de Bibi Diniz permanece viva nas formas que ele esculpiu e, sobretudo, no coração dos que testemunharam seu testemunho de fé através da arte. Seu trabalho transcendeu a estética e tocou profundamente a experiência religiosa de um povo.
Neste dia de saudade, o Santuário de São Francisco das Chagas de Canindé rende homenagem a este mestre da cultura cearense, com gratidão e oração.
“Quem molda a fé no coração do povo, nunca será esquecido.”
Santuário de São Francisco das Chagas de Canindé
Um Santuário de Fé e Oração, também feito de história, mãos e corações