Na alvorada dos dias em Canindé todos podem acompanhar os primeiros gestos de piedade e oração que, a muitos anos, os romeiros e devotos realizam ao refletir a Via Sacra. Esta devoção ganha espaço na programação do Festejo por estar muito ligada as práticas religiosas de São Francisco que muito meditava a Paixão do Senhor aponto de receber em seu corpo os estigmas.
Mais especificamente às 5h da manhã, ainda na penumbra do amanhecer, os fiéis se organizam na Avenida Francisco Cordeiro, conhecida como Avenida do Monte. Significativamente ao lado da Igreja da Mãe das Dores, com cantos e orações conduzidas pela Família Franciscana (Frades, Ordem Franciscana Secular e Juventude Franciscana), a multidão de romeiros contempla os últimos momentos da Paixão de Nosso Senhor unindo com reflexões acerca das diversas situações dolorosas que assolam a sociedade.
De maneira singular, alguns descalços, vestidos de marrom, com o terço na mão, o olhar se cruza com as imagens sob pedestais espalhadas ao longo da Avenida. Dentre as várias manifestações do povo de Deus se destaca a prática de peregrinar com uma pedra na cabeça deixando na estação posterior ao passo que recolhe uma nova, repetindo esse movimento até a décima quarta estação.
Na 15ª estação, esta que celebramos a vitória de Cristo sobre a morte, já tendo o sol nascido no horizonte da cidade, a caminhada se encerra com a Santa Missa na Igreja de Cristo Rei.
Como gesto concreta e forma de acolhida, a Ordem Franciscana Secular (OFS) oferece um café para os romeiros e devotos. Os voluntários chegam ainda as 2h da manhã para preparação de toda a refeição que é distribuída de forma gratuita para quem ali chega. O fornecimento dos alimentos e utensílios é realizada por pessoas da comunidade e empresas.
Colaboração de texto: Roberto Alves e Caio Renan – Sala de Imprensa do Santuário
Fotos: Roberto Alves
